sábado, 23 de dezembro de 2023

Leituras de 2023

 ::: LEITURAS :::

Critérios de avaliação - Livros

( A ) Boa escrita

( B ) Idéia original

( C ) Bons personagens

( D ) Tema

( E ) Ritmo da história

+

☆ | Ruim - Não preenche mais que 1 critério

☆ | Regular - Preenche de 1 a 2 critérios

☆ | Bom - Preeche pelo menos 3 critérios

☆ | Ótimo - Preeche de 4 a 5 critérios

☆ | Excelente - Preeche 4 a 5 critérios e tem fator pessoal (critério subjetivo)

| ❤ | Favorito - Critério apenas subjetivo


1. Quase namorados - Nath Queiroz e Tami Rangel | ☆ |

Não sei bem o que dizer sobre esse livro. Acho que não tenho nada de bom para falar, então vou me conter. É aquele clichê sobre duas pessoas que resolvem fingir que são namorados, até que de repente percebem que o fingimento se tornou real demais. E é isso. Eu estava com ressaca literária e estava procurando alguma coisa leve para matar o tempo.

Grey - E. L. James

2. Grey (Cinquenta tons de cinza pelos olhos de Christian Grey #1) - E. L. James | ☆ |

Bom, o que posso dizer. É meu guilty pleasure. Apesar que sou a primeira a admitir que a história fica ainda pior sob a perspectiva do homem stalkeador. É bizarro.


3. Filhos do Éden #1: Herdeiros de Atlântida - Eduardo Spohr | ☆ |

Eu já tinha lido esse livro, lá em 2012/2013, algo assim. Finalmente coloquei as mãos no segundo volume da série e... precisei reler, porque não me lembrava o suficiente desse primeiro livro. E nessa releitura, eu gostei muito mais do que da primeira vez! Não sei bem o que mudou, se é o fato de que, dessa vez, não estava comparando com a outra obra do autor que eu havia lido no mesmo universo - A batalha do Apocalipse. Pode ser.

Nesse livro, acompanhamos Rachel, uma jovem universitária que descobre que na verdade ela é um anjo - ou melhor, uma Arconte de Gabriel, que está desaparecida há dois anos, após ter vindo para a Terra em uma missão secreta. Junto com seus novos companheiros, que vieram resgatá-la, Rachel precisa encontrar uma antiga cidade atlante.


4. Filhos do Éden #2: Anjos da Morte - Eduardo Spohr | ☆ |

A história de Rachel, agora chamada Kaira, continua nesse livro, porém, fica em segundo plano, enquanto Spohr decide nos contar sobre as "aventuras" de Denyel - o anjo exilado - durante as guerras do século XX. Boa parte do livro se passa durante a Segunda Guerra Mundial e outra parte no Vietnã, chegando até a queda do muro de Berlin em 1989.

Eu gostei muito desse livro, é o melhor da série. É um livro que mistura guerra, espionagem, terror e elementos sobrenaturais, tudo muito bem equilibrado.


5. Filhos do Éden #3: Paraiso perdido - Eduardo Spohr | ☆ |

Bom, aqui... a série voltou a perder uma estrela, por vários motivos. Primeiro, o tempo passado em Azgard foi muito longo, tomou mais da metade do livro, não acabava nunca e não parecia ter ligação direta com a história que vinha sendo contada até então. Não é que não seja interessante, só parece que a história tomou um desvio e acabou parando num lugar muito diferente do esperado. E, quando essa parte finalmente acaba, Spohr faz o que pra mim foi o maior banho de água fria: trazer Ablon (protagonista de A batalha do Apocalipse) para a história e toda a segunda parte do livro é focada nesse personagem. Assim... por mais que eu goste de AbdA, seu protagonista é um PORRE. Ablon é muito chato. Além de ser extremamente caricato (todos os anjos são, mas as características das castas angélicas meio que justifica isso). Mas Ablon tá em outro nível. A sua "honra" imaculada de herói idealizado é um revirador de olhos instantâneo. Eu não tenho paciência para ele. O típico personagem que só pode ter sido escrito por homens, para homens. Chato!

Enfim... a terceira parte do livro é o que faz ele não perder mais de uma estrela, porque voltamos a falar de Kaira e Denyel que são meus personagens favoritos e protagonistas dessa história afinal de contas. Pensando agora... não me lembro do porquê do Ablon estar nesse livro... enfim...

Preciso escrever uma resenha completa da série... mas vamos ver.


6. Percy Jackson e os olimpianos #1: O ladrão de raios - Rick Riordan | ☆ |

Ainda não decidi se realmente gostei da série ou se vou continuar a leitura. O livro não é ruim, mas infanto-juvenis não costumam funcionar bem comigo.

Percy Jackson é um garoto de Nova York que mora com a mãe e o padrasto, e tem problemas na escola por conta das notas e das muitas confusões em que se mete. Até que, um dia, ele descobre ser um semi-deus e é acusado de roubar o raio de Zeus.


7. Mindhunter - John Douglas e Mark Olshaker |  |

Quem gosta de crimes reais e assina Netflix, já deve conhecer a série Mindhunter, que tem apenas duas temporadas e foi cancelada injustamente. Já faz tempo que o cancelamento aconteceu, mas eu ainda to com raiva. Enfim...

A série foi baseada nesse livro de não-ficção e nos feitos do agente do FBI, John Douglas, que ajudou a criar técnicas de investigação que ajudassem a capturar criminosos violentos, especialmente serial killers. O livro tem muito de duas coisas: descrições de crimes horríveis e o ego do John Douglas. Sim. O cara adora falar de si mesmo e de como ele fez isso e aquilo, e como todos queria a opinião dele. Honestamente? Eu no lugar dele faria o mesmo. E você provavelmente também. A modéstia é superestimada.

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domingo, 8 de janeiro de 2023

Leituras de 2022

 Olá você! Eu estava com saudade de postar, então voltei. De novo... :)

Bom, aproveitando esse comecinho de 2023, queria falar sobre as novas histórias que conheci esse ano. Muitos filmes e séries, e claro, meus livros. Sim, eu continuo lendo pouco, mas assumi uma nova postura a respeito disso. Percebi que não é uma corrida, muito menos uma competição. Ler é prazer, não obrigação. Prefiro ler pouco, do que ler muito e ter uma lista de livros ruins maior do que a de livros bons. E o resto é lucro.

Bom, vamos começar pelos livros (vou fazer as sinopses nas minhas próprias palavras):

::: LIVROS :::


1) The Hunger Games Trilogy, vol. 3: Mockingjay - Suzanne Collins

Sinopse: No terceiro e último livro da trilogia Jogos Vorazes, Katniss Everdeen está no 13º Distrito e a guerra tomou conta de Panen. Snow está com Peeta sob seu poder. 

Uma pergunta, vocês consideram a versão em inglês de um livro que você já leu em português como mais uma leitura, entrando na lista, ou como releitura? Porque eu sinto que deveria ser releitura... mas enfim...

Eu fiz a leitura dos livros em inglês ao longo de 2021 e 2022 para me preparar para a leitura de A cantiga dos pássaros e das serpentes. Escolhi a versão em inglês não só para treinar, mas porque eu já reli os livros em português diversas vezes hahahaha. Eu amo esse universo. E não vejo a hora dele ser revisitado na cinema ou na TV, porque não?


***


2) O senhor dos aneis - J. R. R. Tolkien

Sinopse: Um grande poder ressurge e um hobbit é a única criatura na Terra Média que será capaz de destruir o Um Anel. E, para ajudá-lo, contará com a companhia de seus três amigos hobbits, dois homens, um anão, um elfo e um mago.

Um caso de amor em duas etapas. Eu já havia feito a leitura completa dos dois primeiros volumes, A sociedade do anel  e As duas torres, lá em 2012, e tinha completado a maior parte do terceiro volume, O retorno do rei, mas precisei parar quando a "guerra do anel" acabou. Eu estava exausta. Em 2021 eu resolvi recomeçar o livro do zero, dessa vez em uma edição com três volumes separados e não um volume único, como antes. Melhor decisão da minha vida. O conteúdo é o mesmo, mas parece menos pesado.

Não sei se, no caso, também foi a minha maturidade que ajudou a aproveitar melhor essa leitura. E teve mais uma novidade esse ano. Eu fiz a leitura acompanhando o podcast Tumba do Balin, no Spotify. Foi uma experiência maravilhosa, que pretendo repetir daqui a uns anos.


***


3) Novembro de 63 - Stephen King

Sinopse: Jake é um dedicado professor de inglês em uma escola pública. Sua vida é perfeitamente normal, até que o dono de sua lanchonete preferida lhe mostra um segredo fantástico: a existência de um portal para o passado. Assim, os dois bolam um plano suicida para salvar o ex-presidente americado, JFK, que fora assassinado em novembro de 1963.

Li dois King esse ano. Esse livro especificamente é muito bom, gostoso de ler. Adoro a passagem do protagonista por Derry, cenário de It, a Coisa. Porém, em alguns momentos, eu não conseguia deixar de pensar que, hm... eu não tô nem aí para JFK. Eu não sou americana, to cagando pro assassinato dele e certamente não to interessada em alguém fazendo toda uma viagem no tempo para impedir esse acontecimento. Várias vezes eu queria que o protagonista simplesmente vivesse uma nova e melhor vida lá no passado e parasse de desperdiçar o tempo dele por uma causa hipotética, sabe.


***


4) O conto da aia - Margaret Atwood

Sinopse: Em um futuro distópico em que a humanidade não consegue mais se reproduzir com a mesma facilidade de antes, uma religião fundamentalista toma o poder e transforma a sociedade de Gilead. Mulheres são divididas em "castas" e, as que são consideradas fértis", são colcadas como aias, e disponibilizadas para famílias ricas, que querem ter um herdeiro. Elas se tornam escravas sexuais, barrigas de aluguel. Nesse cenário, conhecemos Offred, que nos narra sua experiência.

Olha, eu ainda não decidi o que achei dessa leitura. Não é ruim, não é isso. É só que termina de um jeito que não deixa claro o que aconteceu. Além disso, a protagonista é passiva nos acontecimentos, ela simplesmente deixa as coisas acontecerem com ela. Parece que a "Offred", nome pelo qual a identificamos, não tem realmente vontade própria. Bom, pelo menos até quase o final... mas quando finalmente parece que alguma coisa vai acontecer... corta a narração em primeira pessoa, e começa outra em terceira pessoa, mudando totalmente o foco. Daí acaba. E eu fico... "quê"? Sem falar que, além de não saber como termina a história da Offred, não sabemos como esse governo começou. É um pouco frustrante.

É diferente de Jogos Vorazes, onde Panem já existe há vários anos, os jogos acontecem há 75 anos. Aqui, Offred deixa claro que ela vivia uma vida normal e que, um dia, os fundamentalistas tomasse o poder. Ou seja, ela estava lá quando aconteceu. Entende?

Frustrante.


***


5) Sob a redoma - Stephen King

Sinopse: A cidade de Chester's Mill, no Maine (claro) amanhece um dia cercada por uma redoma, um campo de força invisível, que ninguém consegue ultrapassar. Presos dentro daqueles limites, os habitantes dessa cidade ficam à mercê da ambição de seus políticos, da psicopatia de seus policiais e da limitação dos recursos: gás, água, comida e ar respirável.

Um amigo muito querido me deu alguns livros do Stephen King (a esposa dele falou "eles ou eu" e ela foi a escolhida - menino esperto). Entre os livros, estava esse, que é um belo calhamaço de mais de 900 páginas e que eu estava muito interessada em ler. Li.

Assim, já falei aqui do quanto eu amo o King, ele é meu autor favorito e por hora ninguém tira a coroa dele. Porém, não consigo deixar de pensar que esse livro é muito mais longo do que deveria. King gosta de colocar uma lente de contato em um grupo de personagens e dissecar um por um. E não me entenda mal, isso é uma das minhas coisas favoritas nele. Mas... tem coisa que... é demais. Talvez o meu erro seja ter lido dois livros dele esse ano, talvez eu devesse tirar um folga de King por mais de um ano, não sei... mas eu fiquei cansada dessa história. Li as últimas páginas no último dia do ano, não só para fechar com pelo menos 5 livros lidos, mas para não carregar essa leitura por 2023.

É bom. Mas podia ser menor. Menos é mais, King. Pensa nisso com carinho.


***

Eu ia falar sobre os filmes e séries, mas percebi que o post já está muito grande. Espero que entendam as críticas que fiz, e entendam também que todos esses livros são de 3 a 4 estrelas pra mim. O que é muito bom. Mesmo.

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terça-feira, 29 de março de 2022

Livros lidos em 2021 e março de 2022

Olá!!!

Já falei na última postagem sobre minhas metas de leitura (aqui). Agora, vou falar dos livros que li no ano passado e os que finalizei nesses primeiros meses de 2022. Sim, são poucos. Sim, eu deveria ler mais. Mesmo assim.. o importante é o pensamento positivo sobre as pequenas conquistas hehe!!

::: LIDOS EM 2021 :::

1) Sonho febril - George R. R. Martin

Eu só tinha lido três livros do Martin, porém todos da mesma série, sim aquela. Então quando bateu a ressaca literária, eu achei que seria uma boa ideia ler um livro avulso do autor. Esse, no caso, é um dos primeiros livros da carreira dele e dá para sentir isso. Eu fiz a resenha dele nesse link, mas em resumo, não morri de amores, apesar da escrita do autor ser muito boa. O problema são os protagonistas e o tema. Enfim...

2) Fortaleza digital - Dan Brown

Na boa? Se puder, fuja! O código Da Vinci é um livro muito mais interessante, bem escrito e eficiente do que esse aí. Não gostei.

3) Harry Potter and the prisoner of Azkaban - J. K. Rowling

Releitura em inglês, mas bateu uma ressaquinha depois de declarações transfóbicas da autora, então estou enrolando para ler o quarto volume da série...

4) O senhor dos aneis - vol. 1 - A sociedade do anel - J. R. R. Tolkien

Em 2021 comemorou-se os vinte anos de lançamento de A sociedade do anel, primeiro filme da trilogia que adaptou a obra do Tolkien. Procurando na Amazon, descobri uma promoção na Amazon e o box que custava +200 reais, estava por 89 reais. Comprei. Edição linda. Li o primeiro livro acompanhando os episódios do podcast Tumba do Balin, no Spotify, e recomendo para quem quiser ler pela primeira vez, ou que quiser reler. Os meninos são ótimos. Estou ansiosa para começar o terceiro volume.

::: LIDOS EM 2022 :::

5) O senhor dos aneis - vol. 2 - As duas torres - J. R. R. Tolkien

Eu lembrava do segundo livro ser o meu favorito na época em que li pela primeira vez, mas nossa... acabei confirmando isso nessa releitura. Porém, ainda me incomoda a divisão do livro. A primeira parte (ou livro III) foca nos hobbits Pippin e Merry de um lado, e no trio Aragorn, Legolas e Gimli de outro. A segunda parte, no entanto, é apenas Frodo, Sam e o-coisa-ruim. Fica bem chato e a linha temporal é confusa... mas passa. Tá tudo certo.

6) Mockingjay - Suzanne Collins

Uma das coisas que coloquei como meta foi ler mais livros em inglês. E também gosto de reler Jogos Vorazes de tempos em tempos. Dessa vez, juntei as duas coisas e fiz minha releitura da trilogia. O último livro terminei dia 27/01/22 e só tenho uma coisa a dizer: eu ainda amo essa história. É isso.

7) O senhor dos aneis - vol. 3 - O retorno do rei - J. R. R. Tolkien

O terceiro sofre brevemente do mesmo mal do segundo: começa bem, com mais personagens e suas idas e vindas e guerras; e depois vai se concentrar em Frodo e Sam. Mas o ritmo é mais fluído. Até que a guerra acaba. Na minha primeira leitura de OSDA, eu parei de ler após o fim da guerra, porque o volume em que eu estava lendo era único (com os três em uma edição de 1200 páginas) e eu estava tão cansada. Esse ano, eu li tudo! E olha, quanta coisa eu perdi. Porque ainda tem muita aventura quando os hobbits voltam pro Condado... e pra quem gosta do livro O hobbit, essa parte lembra muito as aventuras do Bilbo.

8) Novembro de 63 - Stephen King

King, né amor. Esse livro fala de um professor de inglês que acaba viajando no tempo para salvar JFK de ser assassinado. Porém, a vida acontece enquanto ele está no Tempo de Antigamente. O único problema que eu tenho com o livro é que eu não consigo me importar com JFK. Eu não sou americana! Eu não acredito em "heróis da pátria". O tempo todo que Jake perdia pensando no assassino de Kennedy, e King gastava linhas falando sobre isso... eu ficava meio irritada. De besta que sou kkkk. O caso é, King é mestre e King é meta.

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É isso, gente... eu não consigo ler tanto quanto eu gostaria, mas é melhor que nada, né pai.
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sábado, 29 de janeiro de 2022

Meta de Leitura para 2022



Olá!! Agora que finalmente consegui um teclado para o meu computador, posso voltar a postar no meu blog xodózinho da vida. Pois bem... e resolvi voltar com o clássico: Meta de Leitura para 2022 + Leituras de janeiro.
Bom, eu continuo sendo uma leitora bem lentinha, mas ainda é melhor que nada, certo? Então, para montar a minha meta desse ano, tive que colocar vários desses livros, mas pretendo adiantar a leitura deles até o final de fevereiro. Já consegui terminar um livro e 2/3 de outro. Já falo sobre isso.
Continuando... minha meta esse ano é por tópico. Defini alguns tópicos para me obrigar a ler livros mais diversos (no caso, não apenas Stephen King e releituras).
A ideia é encaixar pelo menos um livro em cada um dos tópicos. Porém, os livros que eu deixei acumular do ano passado para esse não contam para "cumprir a meta" e devem ser substituídos por outro livro que se encaixe no tópico, apenas quando a leitura for finalizada. Ou seja... compliquei minha vida. Mas está tudo bem e é sobre isso.

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Os tópicos são:

1. Um livro em inglês
2. Um livro escrito por uma autora que eu ainda não conheça
3. Um livro de não-ficção
4. Um livro nacional ou escrito em língua portuguesa
5. Um livro parte de uma série
6. Um livro avulso
7. Um livro do Stephen King
8. Um livro físico
9. Ler uma HQ
10. Ler pelo menos três contos

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Bom, os livros que acumulei (e os tópicos em que os coloquei) são:

1. Mockingjay (The Hunger Games Trilogy, vol. 3 - Suzanne Collins
Terminei esse!! Ler em inglês é considerado uma releitura?
3. O mundo assombrado pelos demônios - Carl Sagan
Esse é um livro de artigos escritos pelo Sagan, que eu comecei a ler em 2015. É muito bom, mas é muito sério. Está na hora de terminar.
5. O festim dos corvos (As crônicas de gelo e fogo, vol. 4) - George R. R. Martin
Esse livro eu comecei a ler em 2016 e tem sido difícil por ser um livro grande, em formato digital. Dá uma certa preguiça, confesso. Mas ano passado eu comecei ele de novo e está rendendo bem.
7. Novembro de 63 - Stephen King
Tem sido mais lento do que eu imaginei que seria, uma vez que é King. O problema é que todo o tempo que o protagonista passa focando em seu objetivo principal (que é o motivo do livro existir), eu fico com preguiça. Quero que ele desista de tudo e comece uma vida nova. Jake, por favor! 
8. O senhor dos anéis - J. R. R. Tolkien
Eu considero esse um livro único, pois foi assim que o autor o concebeu. Além disso, a edição que tenho, apesar de ser em três volumes, a contagem das páginas é sequencial. Terminei o segundo volume agora em janeiro. Fevereiro, começo o terceiro e último.

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Para cumprir com os tópicos, eu defini esses livros:

2. O conto da aia - Margaret Mitchell
Já comecei o primeiro capítulo e só parei, para ler os remanescentes de 2021. Mas achei bom.
4. Ensaio sobre a cegueira - José Saramago
Estou com um pouco de medo desse, confesso. Eu sei que o Saramago não é muito fã de pontuação e parágrafos curtos.
6. Crime e castigo - Fiodor Dostoievski
Também já comecei e não é ruim... mas parei quando o protagonista encontra um alcoólatra no bar e... não sei...
9. Do inferno - Alan Moore e Eddie Campbell
Também comecei no ano passado, mas esse é um caso bem específico.
10. - Contos do livro Machado de Assis para principiantes
Eu adoro os contos do Machado que estão nesse livro. Qualquer dia falo sobre ele, melhor.

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Eu ainda não sei quais livros vão substituir os que eu comecei em 2021, por dois motivos: 1) não sei se vou conseguir terminar, apesar de estar bem disposta; 2) vai ser na base do sorteio. Acho... Vamos ver.

Enfim... é isso por hoje. Outro dia, eu volto para falar das poucas leituras de 2021 e as concluídas em 2022.

Bye.

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sábado, 25 de setembro de 2021

Resenha | "O menino que matou meus pais" e "A menina que matou os pais" - Maurício Eça


Eu me lembro muito bem de ouvir sobre o assassinato do casal Hichthofen em um bairro de classe média em São Paulo, em 2002. Era difícil não ver e ouvir nada sobre isso, pois não se falava em outra coisa. O Caso Hichthofen se tornou um dos crimes mais famosos do Brasil, se igualando ao Caso Isabela Nardoni e o Caso Eloá, que vieram depois. Assuntos que se tornaram obsessão da mídia nacional, dos almoços em família, das conversas com estranhos em filas de banco... você sabe como é.
Eu também me lembro quando as suspeitas começaram a cair sobre a filha mais velha do casal, Suzane, e seu namorado, Daniel. Todo crime de homicídio é horrível, mas quando há a possibilidade de ser um crime cometido por um familiar, um conjuge, pais ou filhos, tudo fica pior. E mais midiático também.

Em 31 de outubro de 2002, Suzane, seu namorado Daniel, e o irmão dele, Cristian, entraram na casa da família e assassinaram Manfred e Marisia von Hichthofen. Nas investigações, a polícia logo descartou a possibilidade de latrocínio. Segundo policiais envolvidos no caso, logo de início o comportamento de Suzane foi considerado estranho e durante todo o processo investigativo, Suzane não de monstrava luto real pela morte dos pais. Isso fez com que as suspeitas caissem sobre ela e o namorado. Em 8 de novembro de 2002, Cristian foi o primeiro a confessar o crime, após a polícia descobrir que ele comprou uma moto com dolares (dinheiro que havia sumido da casa dos Hichthofen na noite do crime).

É aí que está o primeiro problema que tive ao assistir aos filmes O menino que matou meus pais e A menina que matou os pais. No início de ambos os filmes, vemos a chegada dos policiais na cena do crime e encontrando o casal morto na cama. Logo em seguida, a narrativa corta para 2006, data do julgamento, em que Suzane e Daniel contarão suas versões da história, cada uma contada em um dos filmes. E a partir daí, temos diferentes visões a respeito do relacionamento entre os dois principais personagens dessa história, cada qual tentando colocar o outro como maquiavélico e a si mesmo como uma pessoa inocente, apaixonada e corrompida. Mas não tem nada sobre a investigação, que pelo menos para mim, é a parte interessante.

Quando foi anunciada a produção de um filme sobre o Caso Hichthofen, muita gente reclamou e questionou se era necessário. Bom, o interesse nessa história não diminuiu desde 2002 e o número de pessoas que estavam ontem - dia da estreia dos filmes na Amazon Prime Video - comentando sobre eles no Twitter, provam que sim, era relevante. Afinal, o mercado da editoria de "Crime reais" têm aumentado no Brasil. Temos canais no Youtube, podcasts, livros... E no resto do mundo também se tem um histórico grande de filmes baseados em crimes reais, que consumimos sem questionar a "necessidade" deles. É só ver quantos filmes e documentários temos sobre o famoso serial killer de mulheres, Ted Bundy - vai sair mais um em breve, inclusive.

Porém, logo foi anunciado que não seria um filme sobre o Caso Hichthofen, mas dois: um com a narrativa de Suzane, outro com a narrativa de Daniel. Acho que não fui a única pessoa que se questionou se isso funcionaria ou - aí sim - se era necessária a divisão. Quantos filmes já não contaram várias versões de uma mesma história, montando uma narrativa questionável, mas efetiva no seu intuito de confundir e fazer pensar? Um filme na própria Amazon Prime Video, o Entre facas e segredos conta bem mais que duas versões e mostra cenas parecidas com diferentes ângulos e conflitos, e não precisou ser dividido entre um filme para cada personagem. Então, um caso tão famoso como o do assassinato do casal Hichthofen, no qual sua filha, o namorado e o cunhado dela participaram, e todos foram condenados, era necessário dividir e contar outras versões?

Opção feita, é uma decisão artística, feita pelo diretor e pelos roteiristas Ilana Casoy e Raphael Montes. Pode não ter funcionado tão bem, mas eu respeito, apesar de discordar. Os filmes têm 1 hora e 20 minutos de duração cada um e não se sustentam sozinhos. O público obrigatoriamente precisa assistir aos dois para ter a sensação de uma história completa. E veja, 2 horas e 40 minutos, menos o tempo das cenas idênticas, poderia ter funcionado muito melhor como uma coisa só.

Ambos os filmes passam a maior parte do tempo construindo o argumento de como um casal jovem, apaixonado e inconsequente chegou ao ponto de planejar o assassinato dos pais dela. Em O menino que matou meus pais, Suzane conta sua versão como uma jovem inocente, seduzida e induzida por um namorado agressivo, abusador e ambicioso. Em A menina que matou os pais, Daniel mostra uma namorada manipuladora, explosiva e instável, mas com um trauma de infância causado pela negligência da mãe e agressividade do pai, além de uma Suzane que se apresenta como vítima de abuso físico e sexual, precisando de refúgio nos braços de Daniel.

As atuações de Leonardo Bittencourt (Daniel) e Carla Diaz (Suzane) mudam de um filme para o outro, para caber dentro das narrativas opostas dos personagens, o que funciona muito bem dentro dessa premissa. Os dois atores se deram muito bem com essa mudança de personalidade, mostrando que conseguem ser plurais em suas atuações (além de terem muita química em cena). E se considerar que os dois filmes foram filmados em 33 dias, fica ainda mais admirável. Algumas vezes, porém, a Suzane criada por Carla Diaz se parece muito com a Suzane que aparece em uma entrevista para o Fantástico às vésperas do julgamento (veja no youtube), o que chega a atrapalhar um pouco, porque a gente já vê isso como dissimulação e não entende como os personagens não perceberam. Pode ser implicância da minha parte, também...

Achei interessante notar a mudança de alguns objetos de cena, como o avião de aeromodelismo que passa de amarelo em um filme, para vermelho no outro (o que talvez se justifique por momentos diferentes nos anos de relacionamento de Suzane e Daniel); e os pratos brancos e floridos da família Cravinhos, que mudam para pratos de vidro escuro (clássicos das cozinhas brasileiras).


Raphael Montes e Ilana Casoy

No saldo final, eu gostei dos filmes. Não são perfeitos, não deviam estar divididos (uma edição inteligente teria efeito melhor, sem mudar a intensão o diretor e dos roteiristas) e não contam sobre a investigação do caso, como eu esperava. A intenção da produção, no entanto, não era mostrar a investigação e eu tenho que aceitar isso. Ao invés de seguir por esse caminho, eles optaram por mostrar a forma como pessoas podem viver a mesma situação e enxerga-la de maneiras diferentes. Além de ser interessante observar que um relacionamento que se dizia tão forte e apaixonado, foi rapidamente abandonado para que cada um pudesse salvar a própria pele.

Quanto à ordem dos filmes, pode seguir a sugestão da própria Ilana Casoy: primeiro O menino que matou meus pais (versão da Suzane) e depois A menina que matou os pais (versão do Daniel). Foi essa ordem que eu segui e achei que foi bem eficiente.
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sábado, 31 de julho de 2021

Resumo | Assistidos, ouvidos e lidos de julho

Voltei mais um sábado de julho para minha lista mensal de filmes, séries e agora podcasts que eu assisti esse mês. Ninguém pediu, mas eu vou postar mesmo assim.


FILMES

Alguns títulos que esqueci de falar da outra vez, mas que merecem ser lembrados.

< sem data >
Sem remorso - Filme de game

Destruição final: o último refúgio - Eu amo filmes de fim de mundo, e por mais que esse seja meio clichê, e pouco crível, foi divertido.

Fúria incontrolável - O cara (Russell Crowe) é um maníaco que decide perseguir uma mulher pela cidade, simplesmente porque ela foi grossa com ele no trânsito da cidade. Um mimadão descontrolado.

< julho >
Viúva negra - Um filme legal da Marvel, que veio com quase dez anos de atraso, que ao invés de ser um filme para homenagear uma personagem importante, se torna um filme para apresentar outra personagem.


LIVROS

Foraleza digital - Dan Brown: Chato demais, que isso.

SÉRIES

The Good Doctor - 1ª temporada: Eu gosto muito dessa série, já comecei a segunda temporada, inclusive... mas sei lá...

PODCASTS

Eu ouço muitos podcasts, mas meus gostos são um tanto... específicos. Meu marido gosta deles, o que é bem raro, porque a gente discorda sobre filmes, músicas, séries... mas podcasts funcionam bem para os dois... mas quero compartilhar com mais pessoas. Então aqui está uma listinha para quem gosta de cultura pop, costumes, filmes, crimes reais, livros e até política!

Caneca de mamicas #09 - Todos contra o Bullying
Caneca de mamicas #10 - O amor não está no mérito
Hodos Cavalo #104 - Dança dos dedos | Theon II, A fúria dos reis
Hodos Cavalo #105 - Quando o leão sai | Tyrion VI, A fúria dos reis
Hodos Cavalo #106 - Oração de vingança | Arya VI, A fúria dos reis
Modus Operandi #79 - Arne Cheyenne Johnson: "O diabo me fez fazer isso"
Modus Operandi #80 - Elize Matsunaga: O caso Yoki
Modus Operandi - FAQ #09 - Teste de Rorschach, crimes que prescreveram e mais
Nerdcast #784 - Cringe! Millennials e Zenials em guerra (e os boomers assistindo)
Nerdcast #785 - As vantagens, desafios e os macacos do home office
Nerdcast #786 - Viúva Negra: Casos de família e passagem de bastão
O assunto: Prevaricação: crime e castigo
O assunto: Golpe: por que não é tão simples
O assunto: Olimpíadas de Tóquio: a hora chegou
Precisamos voltar #08 - O detetive da ilha | Confidence man, Episódio 8, Temporada 1
Projeto Humanos: O caso Evandro - Osvaldo Marcineiro
Rapaduracast #669 - Remakes americanos desnecessários
Rapaduracast #643 - Tubarão (1975), o pai do blockbuster
Rapaduracast #671 - Viúva Negra e o adeus de Natasha Romanoff
The last podcast on the left #331: The Donner Party - Part I - Salt of the Earth
The last podcast on the left #332: The Donner Party - Part II - The Forlorn Hope
Uol Investiga T1E1: Passado oculto
Uol Investiga T1E2: Os segredos do cofre da ex
Uol Investiga T1E3: O '01' é o Jair
Uol Investiga T1E4: A verdade liberta

OUTROS

O Caso Evandro 8: Episódio Extra: O Caso Leandro
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sábado, 24 de julho de 2021

Resenha de bolso - 03 | A moreninha (Joaquim Manuel de Macedo) e Senhora (José de Alencar)

Nem todo livro pedido na escola é um completo desperdício... para algumas pessoas. Esses dois livros são exemplos de livros nacionais, clássicos, que li na escola e pelos quais me apaixonei de cara. Hoje eu os trouxe para a terceira edição do Resenha de Bolso!


5. Título: A moreninha | Autor: Joaquim Manuel de Macedo

A moreninha foi publicado em 1844 e faz parte do Romantismo, sendo também considerado o primeiro livro que retrata costumes tipicamentes brasileiros. Joaquim Manuel de Macedo estava se formando em medicina na época da publicação, mas acabou desistindo da carreira para se dedicar ao jornalismo e à literatura.

O romance conta a história de Augusto, estudante de medicina, que jura não estar interessado em relacionamentos longos. Seus amigos, então, fazem uma aposta: se Augusto se apaixonasse por mais de quinze dias, ele teria que escrever um livro contando a história desse amor.

Sendo assim, os quatro amigos vão passar um feriado na casa da avó de Filipe, onde Augusto conhece Carolina, prima de Filipe... e por quem acaba se apaixonando. No entanto, há um problema (que não é o fato dela ter apenas 14 anos): Augusto prometeu amor eterno e fidelidade a uma jovem que conheceu 7 anos antes (quando também era criança).

A história é bastante simples e até meio boba, considerando a promessa de uma criança a outra criança, e que isso seria um impedimento para que o protagonista vivesse um romance real. Mesmo assim, é um livro gostoso de ler, bom para quem tem medo do palavreado complicado e tramas dramáticas com as quais a gente acaba se deparando nas obras do Romancismo brasileiro.

É um livro fofo. Não sei se pode agradar todo mundo, mas eu li quando tinha doze anos e coloquei direto na minha lista de favoritos nacionais.


6. Título: Senhora | Autor: José de Alencar

Outro livro que também pertence ao Romantismo, Senhora foi publicado em 1874. Junto com Lucíola (1862) e Diva (1864), faz parte de uma série de livros conhecida como "Perfis de Mulher", de José de Alencar. As histórias em si não têm relação entre si, mas eu não ainda preciso estudar muito sobre o assunto para falar sobre, então... continuando...

A narrativa trata dos preparativos e primeiro ano de casamento de Aurélea e Fernando Seixas. Ela, uma jovem herdeira com muitos pretendentes na sociedade carioca, mas que acaba escolhendo Fernando como seu noivo, apesar dele não ter as mesmas condições financeiras. Mais pra frente, o leitor descobre que o casal já se conhecia há muitos anos e que a história deles havia encontrado um fim abrupto.

O livro fala sobre as relações sociais na sociedade burguesa da época, como as mulheres precisavam ter bons dotes para conseguir maridos e como, muitas vezes, um relacionamento inocente podia ser corrompido por interesses financeiros.

É também um livro muito bom para enteder os costumes da sociedade brasileira durante o período imperial.


Ambos os livros eu reli mais de uma vez e Senhora fez parte das minhas leituras de 2020. Mas devo dizer que, dos dois, esse Senhora foi um pouco mais difícil de ler, porque José de Alencar não era muito apegado à ideia de facilitar. Ele faz muitas descrições e usava palavras muito difíceis. Mas você pega o ritmo.

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sábado, 17 de julho de 2021

Resenha | Fortaleza digital - Dan Brown

Título: Fortaleza Digital | Autor: Dan Brown | Tradução: Carlos Irineu da Costa | Editora: Sextante | Edição: 2008

Sinopse: A NSA (Agência de Segurança Nacional) é uma agência americana que, entre outras coisas, intercepta mensagens criptografadas vindas de todos os lugares, que podem conter informações importantes para o serviço de inteligência e ao combate ao terrorismo. Milhares de mensagens são analizadas pelo super computador TRANSLTR todos os dias, o que já ajudou a impedir vários ataques terroristas. No entanto, para muitos, a existência de um super computador capaz de espionar todos os computadores do mundo representa um limite muito questionável entre a segurança nacional e o direito dos cidadãos à privacidade.

Um desses críticos é Ensei Tankado, um ex agente da NSA que hoje luta para que a existência do TRANSLTR seja conhecida do público em geral. Com esse objetivo, ele cria o FORTALEZA DIGITAL um código que Ensei alega ser "inquebrável". Ao colocar esse código disponível na internet e ameaçar fazer um leilão da chave, Ensei chantagea a NSA: para evitar que o código seja leiloado, a agência deve revelar a existência do TRANSLTR.

*

Susan Fletcher é chefe do departamento de Criptografia da NSA e é chamada pelo comandante Trevor Strathmore para ajuda-lo a lidar com a situação. Quando chega, percebe que o TRANSLTR está há horas trabalhando para desencriptar um mesmo código, o que ela nunca imaginou ser possível. Segundo Strathmore, essa é uma prova de que o FORTALEZA DIGITAL realmente é o que promete: um código inquebrável. Susan percebe todas as implicações de ter esse código liberado para uso de grandes coorporações ou terroristas ao redor do mundo e sugere que a NSA aceite as condições de Tankado... só tem um problema: Ensei Tankado morreu na Espanha há algumas horas.

A partir daí começa uma corrida contra o tempo. Enquanto Susan e Strathmore tentam encontrar NORTH DAKOTA, parceiro de Tankado e possuidor de uma das cópias da chave, David Becker - que não tem nada a ver com a NSA, além do fato de ser namorado de Susan - é mandado por Strathmore para a Espanha, para tentar encontrar a chave original. No entanto, quanto mais David corre atrás das pessoas que teriam estado próximas de Ensei no momento de sua morte, mais aleatória parece sua busca.

Portanto, ao longo do livro todo o leitor vai acompanhando trechos desses dois núcleos, enquanto o autor vai parando para explicar o que é a NSA, o que é criptografia, o que é o TRANSLTR... isso quando não para para explicar a relação entre os personagens principais - o que é até relevante; ou a relação de personagens segundários - o que não é nem um pouco relevante.

Fortaleza Digital é o primeiro livro do escritor americano Dan Brown, que se tornou sensação mundial com o livro O código da Vinci. E é um livro chato. Não consegui me importar com os personagens. Até achei que a ação acontecendo na Espanha seria mais interessante que as horas maçantes no Departamento de Criptografia, mas quando estava em um lugar, queria estar em outro. Não raro eu senti vontade de pular partes e ir logo para a resolução do problema: o professor universitário e sua bela companheira inteligente, sabendo mais que todas as outras pessoas presentes.

A questão a respeito da espionagem americana, o direito de acesso a dados para evitar ataques terroristas versus o direito à liberdade individual dos cidadãos foi outra coisa que não me convenceu. Eu não gosto da ideia de vigilância completa, por quaisquer fins e acho que a linha que separa a segurança da invasão de privacidade é muito tênue. E certamente não confio no Governo para traçar essa linha. Então, muitas vezes, eu estava torcendo pelo sucesso do plano do Tankado... As pessoas deveriam pelo menos ter o direito de saber que existe um super computador analisando cada um dos seus dados! Essa questão moral por trás desse tema foi uma das coisas que me manteve distantes dos personagens. Para eles, o importante era manter o trabalho da NSA funcionando a todo custo. Eu não quero essas pessoas perto de mim.

Aqui, um mini spoiler, que se eu fosse spoilerfóbica, eu pularia: me incomoda muito que os "capangas" dos vilões do Brown sejam pessoas com algum tipo de necessidade especial ou sejam diferentes. Em O código Da Vinci, Silas, assassino que trabalha para a Opus Dei (ou quase isso), é um albino. Aqui, o assassino da NSA é surdo. Uma coisa é trazer inclusão, outra coisa é você colocar essas pessoas como tendo um caráter bem... duvidoso. Não sei se é coisa da minha cabeça, só li esses dois livros dele, mas foi o suficiente para me incomodar. Fim do mini spoiler.

Outra coisa que nessas duas leituras de Dan Brown me incomodaram: o tom soberbo. Não sei se são os personagens - mulher linda super inteligente e professor universitário super inteligente - ou o quê... mas todo mundo parece muito soberbo em sua inteligência fora da média. E elitistas. E as mulheres são sempre deslumbrantes, alvos de todos os olhares. Ai, me erra.

Fortaleza Digital é, em suma, um livro que me deu muita preguiça de ler outros livros do autor.

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sábado, 3 de julho de 2021

Resumo | Janeiro a junho | 2021

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LEITURAS
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> LIVROS

1) Sonho febril - George R. R. Martin - Resenha

Esse livro eu comecei ainda no meio do ano passdo. Ele não é grande, mas o Martin passa muito tempo amando os barcos a vapor. Não é ruim. Mas também não é excelente.

2) Harry Potter, vol. 3: The prisoner of Azkaban - J. K. Rowling

Aqui, sem novidades. Estou relendo a série, mas dessa vez em inglês.

3) Fortaleza digital - Dan Brown

Terminei há dois dias. Eu já havia lido O código Da Vinci antes, que é muito bom. Mas esse... vou pensar se faço resenha.

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ASSISTIDOS
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> DOCUMENTÁRIOS (filme e série)

1) Caso evandro - 7 episódios (sim, falta ver o episódio 8 - O Caso Leandro)

> FILMES

1) Liga da Justiça - Snyder Cut

Como fã da DC Comics, é óbvio que eu tinha que assistir, certo? Então... são 4 horas de "filme" e eu amei. Claro que tem muita coisa que poderia ser cortada, que ficou mal explicada (tipo o momento lindo entre Martha e Louis, que depois muda completamente de sentido). E é bem triste saber que aquela linha de raciocínio não vai ter continuação. Mas foi bom. E quem discorda está errado.

2) Army of the dead: Invasão em Las Vegas - Zack Snyder

Quando o roteiro DETONA o filme. Sério, o roteiro é horrível. A relação entre pai e filha; a amizade dessa filha com outra mulher lá; a relação do pai com uma moça que só surge segundos antes de tudo dar merda; os outros personagens que dá vontade de socar... Horrível.

3) Aqueles que me desejam a morte - Taylor Sheridan

Esse é um filme da Angelina Jolie, em que ela é uma guarda florestal e se depara com um menino que está fugindo de assassinos profissionais (que mataram seu pai). E o motivo desses assassinos estarem atrás do pai desse menino e outras pessoas da empresa dele... não fica clara. Tem alguma coisa a ver com destruição da natureza, sei lá. Não dá pra ter certeza, porque o filme perde um tempão na personagem da Angelina, que está traumatizada por não ter conseguido salvar três meninos em um incêndio na floresta. Outro filme que podia ser bom, mas o roteiro foi jogado no lixo.

4) Saint Maud - Rose Glass

Que filme incômodo. Muito bom! Mas estranho. Maud é uma jovem enfermeira que após perder um paciente no hospital, começa a trabalhar como enfermeira particular. Quando ela vai trabalhar para uma bailarina aposentada que está com câncer, Maud passa a acreditar que sua missão é salvar essa moça de seus pecados... E daí pra frente, é só loucura religiosa. Doideira.

5) Soul - Pete Docter, Kemp Powers (Pixar)

É claro que eu gostei desse filme, não precisa nem perguntar. Porém... não amei tanto quanto achei que amaria. É fofo, profundo, mexeu comigo, mas... sei lá. Prefiro Divertidamente.

6) Apocalypse now - Francis Ford Coppola

Filme de 1979, fala sobre a Guerra do Vietnã, acompanhando o capitão Willard que recebe a missão de encontrar e "neutralizar" o comandante Kurtsz, que aparentemente, perdeu a cabeça durante a guerra e se tornou um problema para o exército americano. É um longo filme, lento... mas muito, muito bom. 

7) Sangue negro - Paul Thomas Anderson

A história desse filme se passa no início do século XX e acompanha Daniel Plainview enquanto ele explora postos de petróleo. Também é um filme bastante lento, mas as atuações de Daniel Day-Lewis e Paul Dano valem muito a pena.

8) O preço da verdade - Todd Haynes

Esse filme é para quem se interessa pelo meio ambiente. Ele conta a história real de um advogado que processa uma empresa por envenenar a água de uma pequena cidade dos Estados Unidos, e acaba descobrindo que o problema é muito, muito maior. Vai fazer você olhar aquela frigideira com Teflon com outros olhos. Só dizendo.

9) A maldição da chorona - Michael Chaves

É ruim. E é só isso que vou dizer a respeito.

10) Invocação do mal 3: A ordem do demônio - Michael Chaves

Eu gosto muito da série Invocação do mal, mas começo a achar que esse diretor não tá pronto pra esse tipo de filme. Sei lá... Spoiler: E a tal "ordem do demônio" é basicamente uma mulher, cuja motivação não fica clara. O nome em inglês, The Devil Made Me Do It (O diabo me fez fazer isso) seria até melhor...



> SÉRIES

1) Lost - 1ª e 2ª temporada

Eu costumava assistir um episódio aqui, outro ali... e agora resolvi ir até o fim. Já comecei a terceira temporada, mas estou sem pressa.
Pra quem não sabe, Lost é uma série dos anos 00's em que um grupo de pessoas sofrem um acidente de avião e acabam presos em uma ilha, fora dos radares. E então, coisas estranhas começam a acontecer, além de inimigos surgindo do meio da floresta.

2) Pânico - 1ª temporada

Nova série da Amazon Prime Video, baseada em um livro de Lauren Oliver (que está envolvida na série). Em uma cidade no interior dos Estados Unidos, todos os anos acontecem jogos secretos entre os jovens, valendo um prêmio em dinheiro. No ano anterior, houve morte em um dos jogos e por isso a polícia começa a investigar...
É uma cidade pequena - onde adolescentes - conseguem enrolar, enganar, despistar a polícia - e organizar jogos que envolvem invasão de propriedade e se colocar constantemente em risco.
Além da vergonha alheia que dá ver esses policiais não sabendo onde vai ser o "evento", enquanto os adolescentes descobrem o significado de pistas em 2 segundos... as provas não fazem sentido, nem são tão assustadores como querem que o espectador acredite. A parte do tigre, dá vontade de bater em alguém. Além do efeito especial da cena ser HORRÍVEL.
E o enredo dos personagens adultos - não dá. Os adolescentes... como uma série para adolescentes, eu já aprendi a relevar, porque é sempre meio ruim.
Acho que Pânico só não é pior que Between Us.
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domingo, 6 de junho de 2021

Livros que não são perfeitos... e seus autores.

Olá! Olha quem voltou. Hoje vou falar sobre meus livros que eu gosto, mas que são extremamente problemáticos, seja pela história, seja pelos autores ou ambos.

Por que eu amo esses livros, sabendo que são problemáticos? Porque quando eu li eu não sabia e porque são muito bons em si e não li nada melhor até agora. Mas acho importante discutir os livros e incluir os problemas... faz parte.

Então vamos lá...


1) As brumas de Avalon - Marion Zimmer Bradley

A história é um reconto da lenda do Rei Arthur, mas sob o ponto de vista das mulheres na vida dele, sua mãe, tias, irmã, esposa. Além disso, traz como pano de fundo a maneira como o Cristianismo se espalhou pela Grã-Bretanha e foi tirando o espaço das religiões pagãs que dominavam a região até então. É uma história muito envolvente e as personagens femininas, com toda a sua complexidade e seus ideiais são igualmente cativantes e odiosas. Não é um livro com muita ação, é arrastado e conta a história ao longo de vários anos. Então não é uma história que qualquer um vai gostar.

O problema: um belo dia, enquanto procurava por informações da autora para incluir em uma nova versão da resenha, eu me deparei com notícias não muito animadoras. Acontece que a filha de Marion, acusa a mãe e o pai de pedofilia. Não tem muita informação sobre o caso, então acabei não me aprofundando muito. Mas foi o suficiente para eu querer riscar a autora da minha lista de influência.

Eu ainda gosto muito do livro, mas... eu não recomendo mais.


2) E o vento levou - Margaret Mitchell

Esse livro é um clássico da literatura americana e conta a história da guerra civil americana, sob o ponto de vista das pessoas que viviam no sul escravagista. Inclusive, a autora era uma mulher do sul, apesar de ter vivido numa época muito diferente.

O leitor acompanha as artimanhas e manhas da protagonista, Scarlett O'Hara, enquanto ela tenta roubar o marido da amiga, sobreviver à guerra e reconstruir os bens da família no pós guerra. A protagonista não é uma pessoa boa, não é alguém de quem o leitor vá gostar, nem é uma pessoa admirável. Mulher à frente de seu tempo? Não exatamente. Ela é uma pessoa egoista e mesquinha, e parece nunca aprender a lição, apesar de continuamente afastar todas as pessoas próximas, seguindo apenas os próprios interesses, o tempo todo.

Meu maior problema com a história é quando a autora fala sovre o surgimento da KKK (Klu Klux Klan), grupo extremista branco que perseguia e matava pessoas negras e que até hoje é considerada uma mancha na história americana. A autora conta como eles surgiram e os pinta como heróis patriotas (do sul) que defendiam a honra das mulheres contra os homens negros selvagens e maus por natureza.

Eu entendo que isso é contado sob o ponto de vista de pessoas "daquela época" e "daquela região", mas ao longo de toda a história, pessoas negras são retratadas exatamente assim, como criaturas sem inteligência que, ou não têm gratidão pelos seus senhores (que os civilizavam através do trabalho) ou que têm excesso de gratidão e continuam fieis aos seus senhores, mesmo após a abolição da escravatura. É bem complicado e incômodo.

Mas por que eu gosto? Por que a escrita é boa, porque a autora sabe te manter presa na história. Por que a protagonista é odiosa. Recomendo a leitura, com contextualização.


3) Harry Potter - J. K. Rowling

Ah, então... chegamos em uma das séries mais importantes na minha vida, uma das grandes influências no meu gosto literário. Eu amo muito Harry Potter e não acho que isso vá mudar tão cedo.

A começar pelas polêmicas da autora J. K. Rowling com a comunidade trans. Apesar de se dizer "a favor das pessoas trans", ela mantém um discurso feminista extremista que exclui mulheres trans da pauta de igualdade.

Mas não foi aí que os problemas começaram. Se você reler a série, vai encontrar passagens com bastante gordofobia, vai encontrar descrições problemáticas dos duendes que cuidam do Gringotes, os elfos domésticos que estão satisfeitos com sua situação como "escravos", a Hermione tentando salvar os elfos "contra a vontade deles". O fato do Dumbledore ser gay, da Hermione poder ser negra, mas nada disso ter sido dito com todas as letras na série, apenas depois. E os próprios filmes que trocaram uma atriz negra, por uma branca quando essa personagem se relaciona com o Rony Weasley. Enfim, deu para entender.

Acho que não preciso dizer porque ainda gosto muito dos livros - eles são importantes pra mim. Mas é preciso reconhecer os problemas, gente.

Eu também não preciso dar a sinopse, né? O menino bruxo que vai pra escola de magia e bruxaria e tem que derrotar o bruxo do mau que matou seus pais e tentou matá-lo quando ainda era um bebê.


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Tem outros livros e autores problemáticos, mas vou ficando por aqui. Até a próxima e fiquem bem.

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